sexta-feira, 28 de março de 2008

Professor Pablo - Coração africano

Às vezes eu fico aqui só de boa observando
Já que sou otário e você é o malandro
Então fico na minha na moral no sapatinho
No mundo de Benjor eu sou apenas Zé pretinho
Mas malandro é malandro e mane é mane
Eu sei muito bem qual que pum qual que é
Entendo muito bem o estilo da parada
A tal da liberdade na verdade é farsa
Comprovado antes escravo e hoje apenas favelado
A dignidade do povo deixada de lado
E as oportunidades ninguém questiona
Somente as fraquezas vêm à mesa vem à tona
Pobreza, miséria nada disso eu explico
Pobre sofredor sonhador qual o motivo
Difícil é ser o poderoso sem poder
No jogo dessa vida programado pra sofre
Refrão
Alguns com nomes que atravessaram o milênio
A maioria por aqui com os dos senhores de engenho
Tradições omitidas, famílias destruídas
A revolta é a obstrução de várias vidas
Eu descendente de um herói africano?
Ou parente de astro americano?
Não... Não sou ninguém, uma história de pórem
Suposição, imposição, sangue e solidão
Sempre a mesma história purgatório na memória
Camburão o navio negreiro atual brasileiro
Refrão
A minha raça tudo que é pejorativo
Da maldade da dor minha cor substantivo
Esse fator acertou na auto-estima
Quem sofre como sina fácil se domina
Omitiram nossa historia ocultaram nossa gloria
Sem semelhantes que alcançaram a vitória
Ridicularizou quem tentou sobrressair
Motivo de rir induzido a desistir
Poucos por aqui têm dinheiro e poder
Fácil corromper, fácil se vender
Entre nos só conflito interno
O método não é moderno o antigo deu certo
Para completar vejo muita inimizade
Ódio na família ataque na base
Tristeza assim existe em todos os cantos
Mas corre nessa veia um sangue africano

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